Amazon compra fatia do Rappi + BYD ultrapassa Honda no Brasil

BRASIL

BYD ULTRAPASSA HONDA, RENAULT E NISSAN NO BRASIL

A BYD chegou ao 7º lugar no ranking de vendas de carros no Brasil em 2025, superando Honda, Renault e Nissan. Foram 66,4 mil veículos emplacados até agosto, contra 65,5 mil da Honda, a 8ª colocada, segundo dados da Fenabrave. Nos híbridos, a vantagem é ainda maior: a chinesa vendeu 18 vezes mais que a japonesa no ano. O crescimento se deve ao estoque elevado trazido da China, preços agressivos e modelos mais tecnológicos, como o Song Pro. A BYD tem fábrica no Brasil (BA) e já é vista como futura rival da Jeep em volume.

• Já globalmente, os resultados da montadora chinesa decepcionaram: a BYD teve sua primeira retração trimestral em 3 anos no 2T25, com queda de 30% no lucro em relação a 2T24, e atingiu apenas 45% da meta anual de vendas na China até julho, segundo a Reuters.

AMAZON COMPRA FATIA DO RAPPI

A Amazon fez um aporte inicial de US$ 25 milhões na Rappi, com direito de chegar a até 12% de participação caso metas sejam atingidas, segundo a Bloomberg. O investimento tem origem em laços comerciais já existentes: o Rappi usa AWS e o Prime no México inclui frete grátis no Rappi.

• O que está por trás? Esse movimento pode ajudar a Amazon a competir com o Mercado Livre no last mile por aqui. Para o Rappi, o acordo é um selo de validação e uma porta de entrada para a infraestrutura de nuvem e varejo da gigante americana.

AUMENTA A PRESSÃO SOBRE AS FINTECHS BR

Depois da operação da PF que expôs esquemas de lavagem de dinheiro envolvendo a Faria Lima, a Receita Federal publicou a Instrução Normativa nº 2.278, que iguala as exigências de compliance de bancos digitais às dos tradicionais. Com isso, as 2,1 mil fintechs do país agora devem reportar trimestralmente todas as transações de seus clientes ao sistema e-Financeira. Antes, só 25% delas (pouco mais de 500) eram fiscalizadas.

• Isso significa também aumento de custos: entre R$ 500 mil e R$ 800 mil por mês, o que pode forçar até 15% dessas instituições a fecharem as portas, segundo estimativas do setor.

• A Zetta e a ABFintechs, que reúnem nomes como Nubank, Neon, PicPay e Mercado Pago, apoiaram a medida.

Outro efeito colateral da operação foi a venda do controle da Reag, gestora investigada, em uma tentativa de controlar o dano reputacional. João Mansur, que tinha 87,4% do negócio, vendeu o controle para os executivos por R$ 100 milhões.

ITAÚ VÊ NOVOS PLAYERS COMO INCENTIVO À EFICIÊNCIA + LEVA DE DEMISSÕES

No Itaú Day que aconteceu na última semana, os principais líderes do banco disseram que não têm medo da concorrência. Pelo contrário, “melhoram com os novos entrantes”, disse o presidente do Conselho, Pedro Moreira Salles. O CEO Milton Maluhy completou que a concorrência é saudável e que o Itaú compete em igualdade de condições, mesmo sendo líder: “a liderança pode mudar a qualquer momento”. Aproveitando a deixa, atualizamos uma das nossas #SnaqBattle mais populares:

• Nessa segunda (8), uma leva de demissões no Itaú foi divulgada pela imprensa, supostamente motivada por baixa produtividade no home-office. O número não foi confirmado, mas relatos estimam em torno de 1000 pessoas desligadas.

O que mais aconteceu?

• Itaú Asset cria nova divisão de criptomoedas

• Odata levanta US$ 1 bi para data centers BR e LatAM

• Governo do Paraná firma parceria com BlackRock para atrair investimentos internacionais

MUNDO

DIA DE iPHONE 17? APPLE FAZ EVENTO DE LANÇAMENTOS HOJE

Hoje é dia de conhecer novidades da Apple. Às 14h (horário de Brasília), a marca apresenta sua nova linha de produtos no “Awe Dropping”, e a expectativa é de lançamento do iPhone 17. A estrela da linha deve ser o novo iPhone 17 Air, segundo os rumores, mais fino (5,5 mm), leve, com tela OLED de 6,6”, câmera de 24 MP, USB-C descentralizado e visual “Liquid Glass” no iOS 26. Também são esperados novos Apple Watches com sensor de pressão arterial, AirPods Pro 3 com IA e uma nova Apple TV 4K.

NVIDIA DE OLHO EM COMPUTAÇÃO QUÂNTICA

A Quantinuum, empresa de computação quântica da Honeywell, levantou US$ 600 milhões em nova rodada com participação da Nvidia (via NVentures), Quanta, QED Investors e atuais acionistas como JPMorgan, Mitsui e a própria Honeywell. A rodada dobrou o valuation da companhia para US$ 10 bilhões, preparando o terreno para um IPO previsto até 2027.

• A Nvidia, que abriu este ano um laboratório de pesquisa quântica em Boston, tem intensificado seus investimentos no setor, visto como essencial para resolver problemas computacionais complexos em áreas como simulação de materiais, logística, energia e criptografia, muito além da capacidade dos chips tradicionais.

OpenAI ESTÁ MONTANDO UM TIME PARA APPS

A OpenAI começou a montar uma equipe de apps, liderada por Fidji Simo (ex-Instacart), com foco em criar produtos comerciais baseados em IA. Como parte do movimento, a empresa vai comprar por US$ 1,1 bilhão a Statsig, uma startup de testes A/B e analytics. O fundador da Statsig, Vijaye Raji, assume como CTO de Applications e vai liderar a engenharia de produto para ChatGPT e Codex.

• A operação reforça a estratégia da OpenAI de transformar suas tecnologias em produtos prontos para o mercado.

O que mais aconteceu?

• Klarna retoma IPO para captar US$ 1,27 bi e pode valer até US$ 14 bi

• Mistral, "OpenAI francesa", prepara nova rodada para valer US$ 14 bi

• UE multa Google em US$ 3,5 bilhões por abuso em adtech

• SpaceX paga US$ 17 bi por espectro da EchoStar para avançar em rede móvel

APORTES, M&As E PARCERIAS BRASIL

• Ume levanta US$ 21,8 mi para levar crédito a varejistas. A fintech de embedded finance captou uma Série B liderada por Valor Capital Group e Bewater, com participação de PayPal Ventures, NFX, Globo Ventures, Canary e Big Bets. A Ume, que permite que lojas criem suas próprias operações de crédito, investirá os recursos em tecnologia própria, infraestrutura de IA e expansão comercial, estimando atingir R$ 1 bilhão de GMV anualizado em 2025.

• 180 Seguros vale R$ 1,35 bi após rodada pré‑Série B. A insurtech fundada por dois ex‑executivos do Nubank levantou R$ 35 milhões em equity e R$ 15 milhões em dívida subordinada com 8VC, Monashees, Canary e FJ Labs, mais que dobrando seu valuation. Os recursos serão usados para capital regulatório e investimentos em IA.

• Yapp capta R$ 6 mi e mira mercado externo. A HRTech mineira, spin‑off da consultoria Yellow, arrecadou R$ 6 milhões em rodada pré‑seed e pretende lançar sua plataforma de recrutamento inteligente nos EUA e Canadá ainda em 2025.

• Constellation compra Pixeon da Riverwood. A Vela Latam, subsidiária da canadense Constellation Software, adquiriu integralmente a healthtech Pixeon, até então controlada por Riverwood Capital (55 %) e Oria. Esta é a 18ª aquisição do grupo no Brasil e a segunda no segmento de saúde na América Latina, após a compra da Shift, de processamento de exames.

• Sankhya adquire Lincros e chega à 10ª aquisição. O grupo mineiro de ERP e soluções de gestão anunciou a compra da catarinense Lincros, especialista em logística com inteligência artificial. A transação de valor não revelado reforça o objetivo de atingir R$ 1 bilhão em receita recorrente rumo a um futuro IPO. A empresa ainda dispõe de R$ 200 milhões para novas compras até 2026.

• SEK compra Netbr e expande ecossistema de cibersegurança. A empresa de cibersegurança do Pátria Investimentos adquiriu a Netbr, focada em soluções de identidade e gestão de acessos (IAM). O valor não foi divulgado. Com a operação, a SEK projeta atingir receita de R$ 300 mi no Brasil em 2025.