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Canais de notícias em que os brasileiros mais confiam + Ataque ao sistema financeiro

E mais: o papel de empresas cripto em estancar o ataque

Bom dia!

Vem ler o que está acontecendo de mais relevante em tech e inovação, hoje em parceria com o MB, maior plataforma de investimento em ativos digitais da América Latina.

O que você vai ver:

  • Ataque ao sistema financeiro

  • O papel de empresas cripto em estancar o ataque

  • Mídias favoritas para notícias no Brasil

  • M&A de hyperscales rivais de IA

BRASIL

PARA ONDE VÃO OS INVESTIMENTOS EM MÍDIA NO BRASIL

Os dados do Painel Cenp-Meios, referentes ao 1º trimestre de 2025, mostram um cenário claro: a internet se consolida como peça-chave na estratégia de mídia dos anunciantes brasileiros e está no caminho para ultrapassar a TV aberta:

  • Internet já representa 36,5% de todo o investimento em mídia, com R$ 1,72 bilhão faturado no 1T25.

  • Redes sociais lideram dentro do digital, com 60,5% de share.

  • TV aberta, apesar de ainda dominante, perde espaço ano a ano: caiu de 50% (1T22) para 37,1% (1T25).

  • Em três anos, os investimentos em digital cresceram quase 2x, puxados por formatos mais mensuráveis e orientados a performance.

O Painel Cenp-Meios reúne metadados consolidados das compras de mídia feitas por agências para seus anunciantes, sem incluir dados individuais ou negociações específicas. Os valores são agregados por período e meio, e os resultados do 1T25 envolvem 316 agências participantes (248 matrizes e 68 filiais).

CANAIS DE NOTÍCIAS EM QUE OS BRASILEIROS MAIS CONFIAM

No último mês foi divulgado o Digital News Report 2025, do Reuters Institute, com um retrato sobre a confiança em fontes de mídia globais e regionais. O levantamento aponta que os consumidores de notícias no Brasil confiam mais nas fontes tradicionais do que a média global, e o consumo digital segue dominando:

  • A confiança nas notícias no Brasil está em 42%, acima da média global de 40%

  • 78% dos brasileiros consomem notícias por meios digitais

  • 67% dos brasileiros dizem ter dificuldade para distinguir informações verdadeiras das falsas na internet

  • 46% evitam notícias por se sentirem emocionalmente cansados ou sobrecarregados

  • E quais as mídias em que os brasileiros mais confiam? SBT News, Record e Band são os 3 canais com maior número de respondentes afirmando que confiam nas suas notícias. Confira a pesquisa e resultados abaixo:

ATAQUE AO SISTEMA FINANCEIRO

Um dos maiores ataques cibernéticos já registrados no sistema financeiro brasileiro desviou um valor estimado, até agora, de R$ 800 milhões de contas-reserva que conectam instituições financeiras ao Banco Central. Os criminosos usaram credenciais legítimas, obtidas por meio de engenharia social, para acessar sistemas críticos e executar transações fora do horário comercial. Veja os principais pontos do caso:

  • O alvo foi a C&M Software, empresa de tecnologia que faz a “mensageria” entre instituições e o BC, para o processamento de Pix e TED, por exemplo.

  • O acesso se deu por credenciais legítimas de clientes da C&M, usadas de forma fraudulenta.

  • Especialistas apontam para o uso de engenharia social para enganar ao menos um funcionário e obter senhas de acesso ao sistema da C&M.

  • Até agora um suspeito foi preso, um operador de TI da empresa, que diz ter sido abordado em um bar e vendido suas credenciais por R$ 15 mil.

  • O ataque aconteceu na madrugada de segunda, dia 30/06/25, e permitiu mapear sistemas internos e acessar ambientes críticos como contas de liquidação e reservas de instituições clientes da C&M.

  • Entre as instituições afetadas estão BMP, Credsystem e Banco Paulista. Nem todas foram divulgadas.

  • O caso mais grave foi da BMP: R$541 milhões foram desviados. A fraude foi descoberta após um executivo da BMP receber um alerta de movimentação incomum na conta-reserva na madrugada.

  • As ordens de movimentação pareciam legítimas para o Banco Central, como se fossem autorizadas pelos próprios clientes, justamente por usarem credenciais de um funcionário.

  • Parte do dinheiro foi desviado para criptomoedas, como USDT e BTC. Mas empresas cripto tiveram um papel crucial em estancar o ataque. Veja abaixo!

  • Depois do episódio, 3 instituições de pagamento (IP) foram suspensas cautelarmente do arranjo Pix: Transfeera, Nuoro Pay e Soffy. Elas receberam a maior parte dos recursos desviados e não conseguiram segurar nada.

O PAPEL DAS EMPRESAS CRIPTO EM ALERTAR E ESTANCAR O ATAQUE DE R$ 800 MILHÕES

As empresas cripto brasileiras tiveram um papel importante na contenção do ataque da última semana ao sistema financeiro, ajudando a alertar e estancar o roubo.

  • Para onde foi o dinheiro roubado? Os criminosos tentaram escoar
parte do dinheiro via fintechs e criptomoedas.

  • Mas as plataformas e corretoras cripto nacionais reguladas não foram escolhidas para escoar o dinheiro. Por quê? Por terem mecanismos robustos antifraude e dividirem informações com Receita Federal e Banco Central.

  • E como as movimentações ilícitas foram identificadas? Na tentativa dos fraudadores de usar uma startup brasileira de pagamentos cripto (provavelmente apostando que não haveria mecanismos antifraude adequados), eles acabaram barrados e parte do dinheiro foi recuperado.

  • Exchanges estrangeiras é que
podem ter sido, afinal, o canal para escoar parte dos recursos, porque a regulação ainda não chega até elas.

  • Mas, contrariando o senso comum, cometer crime com cripto não é a escolha mais inteligente e inclusive nem é a mais usual: apenas 0,14% das movimentações de cripto estão relacionadas a crimes, segundo a Chainanalysis.

  • A blockchain é pública, rastreável e imutável - ou seja, pode ser só uma questão de tempo até que os envolvidos sejam descobertos.

MUNDO

BITCOIN EM ALTA

O Bitcoin voltou a subir nesta segunda (7) e passou dos US$ 109 mil, impulsionado pelo alívio nas tensões comerciais globais. A alta veio após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciar o adiamento das tarifas comerciais previstas por Trump — o que reduziu o clima de incerteza no mercado. No domingo, o BTC já havia batido US$ 109.443, sua máxima semanal.

IA COMO ISCA PARA FRAUDE

Hackers estão se aproveitando da popularidade de ferramentas como ChatGPT e DeepSeek para enganar pequenas e médias empresas. Segundo a Kaspersky, os ataques que usam IA como isca cresceram 115% em 2025. Nos primeiros quatro meses do ano, cerca de 8.500 usuários de PMEs foram alvo de malwares disfarçados de plataformas conhecidas, incluindo Zoom, Office e apps de IA. A estratégia é simples: usar nomes de ferramentas confiáveis para espalhar softwares maliciosos.

M&A DAS RIVAIS HYPERSCALERS DE IA

A CoreWeave, uma das startups mais promissoras no setor de infraestrutura para IA, anunciou a compra da rival Core Scientific por US$ 9 bilhões em ações. As duas são hyperscalers: grandes clouds para IA. O objetivo é expandir sua capacidade energética, com os 1,3 GW da ex-mineradora sendo incorporados à sua rede de data centers.

  • Ambas começaram como mineradoras de criptomoedas e fazem parte da tendência de mineradoras migrarem para o mercado de IA, alugando energia e espaço para rodar modelos em larga escala. A Core Scientific, que saiu da recuperação judicial no início de 2024, buscou na IA uma nova frente de crescimento.

OPENAI ENTRA EM CONSULTORIA

A OpenAI começou a oferecer serviços personalizados consultivos de inteligência artificial para grandes empresas e governos. Os contratos partem de US$ 10 milhões e envolvem o desenvolvimento de soluções sob medida com base no modelo GPT‑4o.

  • A empresa tem alocado engenheiros especializados diretamente nos times dos clientes para integrar a tecnologia aos sistemas internos. Entre os primeiros projetos estão colaborações com o Departamento de Defesa dos EUA e com o superapp asiático Grab.

Com isso, a OpenAI passa a disputar espaço com consultorias como Accenture e Palantir no mercado corporativo de IA.

APORTES, M&As E PARCERIAS BRASIL
  • AXS Energia, empresa com foco em geração distribuída solar, anuncia a captação de R$ 550 milhões com a gestora AZ Quest Infra.

  • Ursula, startup brasileira que introduz emoção à IA, captou R$ 20 milhões em rodada liderada pela Prosus.

  • AlugaMais, solução digital para imobiliárias e corretores, recebeu investimento de R$ 10 milhões da SRM Ventures.

  • MySide, solução de personal shopper imobiliário captou R$ 5 milhões em uma extensão da sua rodada Seed, que fechou em R$ 12 milhões. O novo aporte foi liderado pela Terracotta Ventures e pela Hiker Ventures.

  • Selbetti Tecnologia, empresa de soluções para transformação digital, adquiriu a Eiprice, startup de inteligência competitiva para e-commerce.

  • Indexx e a Track, empresas com soluções de medição e análise de experiência do cliente, estão se unindo e formando a maior companhia do segmento no mercado brasileiro. O M&A foi feito com troca de ações e o valuation da nova empresa é de R$ 300 milhões.

  • Lance!, sportstech de jornalismo esportivo, comprou a Arquiba, app voltado ao engajamento com fãs de esporte.

  • The Led, empresa de mídia digital in-store, adquiriu a Retail Media, solução de digitalização do ponto de venda.

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