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Meta pode ter que vender Instagram + Trends 2025

Bom dia!

Vem ler o que aconteceu de mais relevante em tech e inovação nos últimos dias - hoje, em parceria com o BVx, ecossistema de inovação do banco BV.

Você vai ver hoje:

  • Meta pode ter que vender Instagram por acusação de monopólio

  • Nvidia vai fabricar supercomputadores nos EUA

  • Bancos brasileiros vão investir R$ 48 bi em tecnologia em 2025

  • Typcal vai produzir proteína de fungos em escala no Brasil

GLOBAL

TRENDS MAIS MENCIONADAS EM 2025
Todo ano começa com uma avalanche de artigos sobre previsões e apostas dos especialistas para o futuro. E, com tanto conteúdo disperso, é difícil capturar o ‘zeitgeist do mercado’.

Por isso decidimos, em parceria com o BVx e banco BV, analisar mais de 500 citações de especialistas, mapeando os temas mais mencionados em portais e fontes relevantes, e clusterizando as tendências que estão no centro dos debates nos mercados de IA, finanças, ESG, ativos digitais e automóveis.

O resultado é um panorama direto e visual sobre as tendências mais mencionadas por especialistas para 2025. Baixe aqui.

LOBO “DESEXTINTO” VIRA CAPA DA TIME — MAS CIENTISTAS QUESTIONAM
A Colossal Biosciences anunciou que recriou o lobo-terrível, espécie extinta há mais de 10 mil anos, usando edição genética. Eles usaram DNA antigo encontrado em fósseis para identificar genes do animal e editaram 14 genes em lobos-cinzentos vivos com a técnica CRISPR. Nasceram 3 filhotes — Rômulo, Remo e Khaleesi — e foram apresentados como os “primeiros animais desextintos do mundo”.

Mas cientistas independentes dizem que os animais são lobos-cinzentos modificados, e não lobos-terríveis de verdade: eles compartilham 99,5% do DNA, mas isso ainda representa milhões de diferenças genéticas. Ou seja, os filhotes têm algumas características visuais e comportamentais do animal extinto, e não são a espécie original.

META PODE TER QUE VENDER INSTAGRAM
Mais de 10 anos depois de aprovar as compras de Instagram e WhatsApp, o FTC — agência antitruste dos EUA — agora quer que a Meta desfaça os negócios. O julgamento começou ontem (14) e a acusação é de monopólio: segundo o FTC, as aquisições eliminaram a concorrência nas redes sociais. A Meta diz que “todo jovem de 17 anos” sabe que ela compete com TikTok, YouTube, iMessage e cia. Se perder, pode ter que vender o Instagram, que deve gerar metade da receita de ads da empresa, nos EUA, este ano.

COMO ANDA A GUERRA COMERCIAL
Na última quarta-feira (9) Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, mas manteve em vigor as taxas universais de 10%, exceto para a China. Para os chineses, as tarifas subiram para 145%, em resposta às retaliações de Pequim. Veja linha do tempo aqui.

NVIDIA VAI FABRICAR SUPERCOMPUTADORES NOS EUA
A Nvidia anunciou que, pela 1ª vez, vai produzir supercomputadores de IA inteiramente nos EUA, com fábricas no Arizona e Texas. A meta é investir até US$ 500 bi em infraestrutura de IA nos próximos 4 anos. Os chips Blackwell já começaram a ser feitos pela TSMC em Phoenix, e dezenas de “fábricas de IA” devem ser construídas - data centers para treinamento de IA.

  • Os EUA lideram com folga em número de data centers (3.648) no mundo, seguidos por Alemanha (419) e Reino Unido (412). O Brasil tem 170 data centers e aparece em 12º lugar no ranking global. Só São Paulo concentra 58 — para comparação, a Coreia do Sul tem 65 e Israel, 55.

O QUE MAIS ACONTECEU?

BRASIL

BANCOS VÃO INVESTIR R$ 47,8 BI EM TECH
O orçamento de tecnologia dos bancos brasileiros deve chegar a R$ 47,8 bi em 2025, segundo Febraban e Deloitte. IA, Pix e Open Finance lideram as prioridades. Mais de 80% dos bancos já usam GenAI e relatam ganhos de eficiência: 11,4% em média, com 38% das instituições reportando melhorias acima de 20%. Cerca de R$ 2 bi serão aplicados só em IA, analytics e big data.

AI AGENTS JÁ SÃO REALIDADE EM 67% DAS EMPRESAS BR
Segundo o AI Agents Report 2025, da Distrito, 67% das empresas brasileiras já usam agentes de IA ativamente e 74% já testaram a tecnologia. Diferente de assistentes, esses agentes tomam decisões e executam tarefas de forma autônoma. 81% rodam em nuvens públicas, como AWS e Google Cloud. Empresas relatam ganhos expressivos em eficiência e escalabilidade sem aumento de custos.

MERCADO LIVRE VAI INVESTIR R$ 34 BI NO BRASIL
O Mercado Livre vai investir R$ 34 bilhões no Brasil em 2025 — maior aporte da história da empresa no país. O valor é 47,8% maior que o de 2023 e 34 vezes superior ao de 2018. A maior parte vai para logística, tecnologia e expansão dos negócios de e-commerce e fintech. O plano inclui criar 14 mil empregos e encerrar 2025 com mais de 50 mil funcionários no Brasil, que já representa +50% da receita da companhia.

TYPCAL VAI PRODUZIR PROTEÍNA COM FUNGO EM ESCALA
💰 A Typcal, foodtech brasileira que desenvolve proteínas alternativas a partir de micélio de cogumelo, vai inaugurar em 2025 sua primeira fábrica em Curitiba. O novo site permitirá a produção de 5 toneladas/mês, com foco B2B e previsão de faturar R$ 5 mi no primeiro ano. A empresa aposta numa alternativa mais próxima da textura e do sabor da carne animal, em relação às proteínas vegetais atuais.

O QUE MAIS ACONTECEU?

#SNAQTHINKER DA EDIÇÃO

BEYOND BANKING:
POR TRÁS DA ESTRATÉGIA DE NUBANK E OUTROS PLAYERS EM TELECOM
Com o aumento da competição, tanto bancos digitais quanto incumbentes passaram a explorar novas frentes de serviço. O Itaú, por ex., anunciou a integração do iti — sua carteira digital — ao aplicativo principal do banco, em uma estratégia de construir um super app. O Nubank também está seguindo esse caminho: o que começou com um cartão de crédito sem anuidade se tornou uma plataforma com dezenas de funcionalidades e, agora inclui, com a entrada no setor de telefonia em parceria com a Claro, o NuCel.

Essa movimentação não é nova no mundo. Em mercados como o da África, empresas de telecomunicação lideraram a inclusão financeira por meio do mobile money. Neste caso, estamos vendo o movimento inverso: bancos digitais com forte base tecnológica entrando em setores antes dominados por operadoras tradicionais. 
Além disso, há uma camada estratégica nessa decisão.
O mercado de telefonia brasileiro é concentrado, pouco inovador e repleto de insatisfações. Isso abre espaço para novos entrantes que consigam oferecer uma experiência melhor.


As MVNOs (operadoras móveis virtuais) são o veículo ideal para isso. Elas permitem que empresas como o Nubank ofereçam serviços móveis sem precisar construir infraestrutura própria. Isso reduz o custo de entrada e dá velocidade ao projeto. Na prática, o Nubank se junta ao Inter, Correios e até a britânica Revolut como fintechs que operam como MVNOs, alugando capacidade de operadoras tradicionais como Claro, Vivo e TIM.

A lógica por trás da estratégia Beyond Banking é clara: quando um banco atinge 60% da população adulta do país e ultrapassa concorrentes históricos como o Itaú em nº de usuários, não faz mais sentido falar apenas em crescimento por aquisição. O crescimento passa a ser por profundidade: mais produtos, mais engajamento, mais valor por cliente.

Com essa expansão, o Nu não apenas diversifica receita, mas constrói mais camadas de valor que se retroalimentam. Um cliente que usa cartão, faz investimentos, contrata seguros e ainda tem o celular vinculado ao app tende a ser mais engajado. Isso reduz o churn, aumenta o LTV e reforça o papel da empresa como “plataforma principal” das pessoas.

O Nubank entendeu que, para crescer em mercados emergentes, não basta oferecer uma conta digital. É preciso resolver fricções maiores: acesso à internet, crédito acessível, organização financeira e até um consumo mais inteligente. Ou seja, a jornada do cliente não começa nem termina no saldo da conta. Expandir para além do banco é menos sobre diversificação e mais sobre a continuação natural da proposta de ajudar o cliente a ter mais controle sobre a sua vida financeira — e agora, digital como um todo. Leia mais aqui.

*Curadoria de conteúdo e análise feitos por Walter Pereira, fintech expert, parceiro da Snaq e autor da newsletter W Fintechs

APORTES E M&As
  • Smart Compass, focada em aquisição e administração de créditos inadimplentes, captou R$ 100 milhões por meio de uma parceria estratégica com a Itajubá Capital

  • Mombak, startup de remoção de carbono, captou R$ 100 milhões com o Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima (Novo Fundo Clima), do BNDES

  • Juspay, desenvolvedora de sistemas de pagamentos que atua no Brasil, concluiu rodada Série D de US$ 60 milhões, liderada pela Kedaara Capital

  • Confi, ecossistema de dados de comportamento do consumidor que ajuda as empresas a vender mais, vai receber R$ 20 milhões de aporte de Pedro Chiamulera, fundador da Confi e da recém-vendida Clearsale

  • Start Carreiras, startup para empregabilidade universitária, levantou R$ 13 milhões em rodada seed liderada pela Graphene Ventures

  • Beeviral, plataforma que ajuda empresas a criarem programas de indicação do tipo Member Get Member para impulsionar as vendas, recebeu um investimento de R$ 2 milhões

  • Alô Chefia, plataforma que centraliza tarefas operacionais de restaurantes por meio do WhatsApp, captou valor não divulgado com STAMINA Ventures

  • FindUP, especializada em suporte técnico remoto e presencial, fez captação liderada pelos fundos DOMO.VC e Gulf Capital

  • BS2 anunciou a aquisição de uma fatia minoritáriada fintech mineira Paag, especializada no atendimento de bets no Brasil

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