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Nobel de Economia vai para trabalho sobre inovação + BYD inaugura fábrica no BR

E mais: iFood cria LLM próprio

Bom dia!

Vem ler o que está acontecendo de mais relevante em tech e inovação, hoje em parceria com a Octa, marketplace de economia circular automotiva.

O que você vai ver hoje:

  • BYD inaugura fábrica no Brasil

  • iFood cria grande modelo de IA próprio

  • Quanto tempo se leva para chegar ao trabalho no Brasil

  • Prêmios Nobel vão para cientistas do Google e trabalho sobre inovação

  • Aportes e M&As da semana no Brasil

BRASIL

BYD INAUGURA SUA FÁBRICA NO BRASIL

A BYD iniciou oficialmente a produção em Camaçari (BA), com R$ 5,5 bilhões investidos e capacidade inicial para 150 mil veículos por ano. A planta será a maior fábrica da BYD fora da Ásia e deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos. Neste início, a operação seguirá no formato SKD (montagem local com peças importadas da China).

  • Por que importa: em menos de quatro anos, montadoras chinesas como BYD e GWM já conquistaram 10% do mercado de carros de passeio no Brasil, segundo dados da Fenabrave compilados pela Octa. As vendas cresceram sete vezes desde 2022, impulsionadas por híbridos e elétricos com bom custo-benefício e alto apelo tecnológico.

  • Panorama: a BYD é a marca chinesa que mais vende por aqui, com 4,3% de market share e o 8º lugar entre as marcas mais vendidas no país em 2025. Outras 14 marcas chinesas também atuam aqui, como Chery, Jaecoo, Omoda, Zeekr e a GWM que já produz em Iracemápolis (SP).

  • Mudança na tributação: a partir de 2026, o imposto de importação sobre elétricos e híbridos volta gradualmente até 35% em 2027. Até lá, as montadoras contam com cotas com tarifa reduzida (14%) para veículos desmontados. Essa janela de vantagem tributária ajuda a explicar a corrida das marcas chinesas para consolidar suas operações no Brasil antes que a maré mude.

iFOOD CRIA MODELO DE IA PRÓPRIO

O iFood lançou seu Large Commercial Model (LCM): um modelo de linguagem próprio treinado com dados de 14 anos de operação e informações da controladora Prosus, focado no e-commerce alimentício brasileiro, para hiperpersonalizar ofertas e aumentar a fidelização dos 60 milhões de usuários da plataforma.

  • Por que importa: o LCM já mostra impacto real. As notificações enviadas com o novo modelo geraram 4 vezes mais conversão. E o desenvolvimento interno reduz os custos de uso do modelo em até 60 vezes, com performance equivalente aos modelos de mercado.

  • O que vem por aí: o LCM serve de base para produtos como o Ailo, assistente de IA por WhatsApp que sugere refeições personalizadas e já foi testado por 70 mil usuários. O iFood planeja aplicar agentes de IA em toda a operação até 2026 e expandir o uso da tecnologia para empresas do grupo, como Decolar e OLX.

Esse é mais um movimento em meio à chegada da Keeta, da chinesa Meituan, que estreia no Brasil em 30 de outubro. A empresa escolheu Santos e São Vicente (SP) para iniciar operações, cidades com forte presença de pequenos restaurantes, e investirá R$ 5,6 bilhões em cinco anos para testar um modelo mais local e tecnológico para impulsionar PMEs do setor.

QUANTO TEMPO LEVAMOS PARA CHEGAR AO TRABALHO

Dois em cada três trabalhadores (67%) levam no máximo meia hora no trajeto entre casa e trabalho, segundo dados do Censo 2022 divulgados este mês. Outros 20% gastam de 30 minutos a 1 hora, e 10% levam de 1 a 2 horas. “Só” 1% dos brasileiros ultrapassam as duas horas diárias de deslocamento.

  • Mas, surpreendentemente, não é São Paulo a cidade com os trajetos mais longos. O pior cenário está no Rio de Janeiro, onde 5,6% dos trabalhadores enfrentam mais de duas horas no percurso, bem acima da média nacional de 1,8%. Em São Paulo, o percentual é menor (3,4%), mas o número absoluto é maior: 151 mil pessoas vivem essa rotina todos os dias.

  • No estado do Rio estão 11 das 20 cidades brasileiras com os trajetos mais demorados.

  • Em Queimados (Baixada Fluminense), 12,5% dos trabalhadores levam mais de 2 horas para chegar ao emprego, o maior índice do país.

O que mais aconteceu?

MUNDO

GOOGLE ACUMULA CINCO NOBELS EM DOIS ANOS

Dois cientistas ligados ao Google, Michel H. Devoret e John M. Martinis, receberam o Nobel de Física de 2025 por pesquisas da década de 1980 sobre o tunelamento quântico, a base dos bits supercondutores usados hoje em computadores quânticos. Ambos atuaram no Google Quantum AI. Devoret ainda faz parte do time, e é cientista-chefe de hardware do departamento de IA quântica do Google.

  • Foram 5 prêmios Nobel, em dois anos, concedidos a funcionários ou ex-funcionários do Google - uma marca inédita entre as big techs. A lista inclui Demis Hassabis e John Jumper (DeepMind, Nobel de Química 2024) e Geoffrey Hinton, o “padrinho da IA”, que trabalhou no Google Brain, vencedor do Nobel de Física de 2024.

PRÊMIO NOBEL EM ECONOMIA EXPLICA CRESCIMENTO PELA INOVAÇÃO

O Nobel de Economia de 2025 foi concedido a Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt por explicar como o progresso tecnológico e a “destruição criativa” sustentam o crescimento econômico. O comitê destacou que a inovação não é aleatória: é uma força estruturada que depende de sociedades abertas, base científica sólida e competição.

  • Por que importa: o prêmio foi interpretado como um manifesto contra protecionismo, negacionismo científico e resistência à mudança. Mokyr mostrou que o crescimento sustentado exige uma cultura baseada em evidência e ciência; já Aghion e Howitt modelaram matematicamente o processo de substituição constante de tecnologias antigas por novas, o motor da produtividade moderna.

  • A premiação ocorre em um momento de debates globais sobre automação e IA e reforça que economias que abraçam a mudança colhem os maiores ganhos de longo prazo.

Nos últimos dois séculos, pela primeira vez na história, o mundo experimentou um crescimento econômico sustentado. Isso tirou um número enorme de pessoas da pobreza e lançou as bases da nossa prosperidade. Os laureados deste ano em Ciências Econômicas, Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, explicam como a inovação fornece o impulso para o progresso contínuo.

Press release Nobel Prize

O que mais aconteceu?

APORTES BRASIL
  • Pagaleve levanta R$ 160 mi e alcança valor de R$ 1 bi. A Pagaleve, fintech que permite parcelamento via Pix sem juros, captou R$ 160 milhões em rodada mista de equity e FIDC liderada por OIF Ventures e Sun Hung Kai & Co. O aporte avalia a empresa em cerca de R$ 1 bilhão. O principal serviço permite dividir compras em quatro parcelas e já atende grandes varejistas como AliExpress e Pague Menos.

  • Akua levanta US$ 8,5 mi para expansão regional. A fintech Akua, fundada por empreendedores do Brasil, Uruguai e Colômbia, captou US$ 8,5 milhões em rodada seed co‑liderada por Flourish Ventures e Cathay. A plataforma integra tokenização, links de pagamento, Tap‑to‑Phone e hub de pagamentos em tempo real. Akua prepara a entrada no Brasil em 2026.

  • Bull levanta R$ 10 mi em pré-seed para facilitar crédito consignado privado. A fintech Bull, especializada em soluções de crédito B2B, captou R$ 10 M em sua primeira rodada institucional, liderada pela Canary. A startup oferece uma plataforma white‑label plug‑and‑play para que empresas lancem produtos de crédito consignado privado.

  • AgentShop capta R$ 5,5 mi para levar compras por IA a todas as lojas. A plataforma AgentShop estreou no mercado brasileiro com aporte de R$ 5,5 milhões de Maya Capital, Caravela Capital e Mira Capital. Criada por Eduardo Petrelli (ex‑James Delivery) e Paulo Monções (ex‑VTEX/Shopify), a empresa oferece catálogo, carrinho, pagamento e gestão de pedidos via agentes de IA, permitindo que qualquer lojista venda por canais como WhatsApp ou Instagram.

M&As BRASIL
  • MadeiraMadeira compra Triider para expandir serviços domésticos. A varejista MadeiraMadeira adquiriu a startup gaúcha Triider, que conecta profissionais de montagem, reparos e reformas, para oferecer serviços além de sua base de clientes. O CEO Daniel Scandian afirma que o mercado de serviços domésticos no Brasil movimenta R$ 70 ‑ 100 bilhões/ano e quer elevar a participação de serviços de 15 % para 30 % da receita.

  • UNLK compra Wake Creators (ex-Squid) por R$ 45 mi. A UNLK, gestora criada por Eduardo Alvarenga (ex‑Eletromidia) e Felipe Oliva (fundador da Squid), pagou R$ 45 milhões pela Wake Creators, unidade de creators da LWSA (Locaweb). A Wake Creators era a Squid, e foi comprada de Felipe Oliva pela Locaweb em 2021 por R$ 180 mi. Hoje a empresa fatura R$ 80 milhões e reúne 300 mil microinfluenciadores, e será reposicionada para se tornar o núcleo de um ecossistema de marketing e creators.

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