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Nubank nos EUA? + Pix ganha botão de contestação
E mais: aportes e M&As da semana

Bom dia!
Vem ler o que está acontecendo de mais relevante em tech e inovação.
O que você vai ver hoje:
Nubank dá primeiros passos para expandir nos EUA
Apps de banco agora têm botão de contestação para o Pix
Meta nega que ouve as nossas conversas
Bezos diz que estamos vivendo uma bolha industrial com IA
Aportes e M&As da semana no Brasil
BRASIL
NUBANK NOS EUA?
O Nu deu o primeiro passo para operar no maior sistema financeiro do mundo: entrou com pedido de licença de banco nacional à OCC, órgão regulador americano. O processo deve levar alguns anos, mas marca a intenção de longo prazo de expandir sua atuação global.
A operação será liderada pela co-fundadora Cristina Junqueira, que se mudou para os EUA e assumirá como CEO da subsidiária americana. Segundo ela, o modelo do Nubank, de transparência e baixos custos, tem potencial global.
O conselho local terá Roberto Campos Neto como chairman.
Segundo o CEO David Vélez, “só o Texas tem um PIB maior que o do Brasil, e mesmo assim é um mercado que ainda tem bastante carência”.
Hoje, o Nubank soma 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. Com o valuation atual (US$ 74 bi), o banco seria o 12º maior dos EUA em market cap.

PIX GANHA BOTÃO DE CONTESTAÇÃO PARA GOLPES
Bancos passam a oferecer um botão de contestação nos apps para que usuários peçam devolução de valores em casos de fraude, golpe ou coerção. A medida, determinada pelo Banco Central, usa o Mecanismo Especial de Devolução (MED) e torna o processo totalmente digital.
Como funciona? O banco do recebedor (potencial golpista) deve bloquear os recursos imediatamente. Ambos os bancos têm 7 dias para analisar o caso e até 11 dias após a contestação para devolver o valor. O recurso não vale para erros de digitação ou arrependimento de envio.
Foco em segurança: o BC está “freando” o cronograma de outras inovações do Pix, como o bolepix e o Pix parcelado. Depois dos ataques hackers recentes ao sistema, a prioridade do Bacen agora é a regulamentação dos operadores intermediários do Pix.
MeLi DEVE FECHAR ANO COM 44% DO E-COMMERCE BR
O Mercado Livre deve encerrar 2025 com 44% de participação no e-commerce nacional (fechou com 40% no ano passado), segundo o UBS BB. As vendas no Brasil devem subir 31%, para R$ 183 bilhões, enquanto o setor como um todo cresce 18% (R$ 414 bi).
A Shopee deve passar de 15% para 17% de share, e Amazon e Magalu seguem próximas, com 10% e 11%.
Mesmo com a competição acirrada, o Meli segue ganhando espaço: o crescimento da empresa supera o do e-commerce brasileiro desde 2021.
E o céu é o limite: já tem até casa pré-moldada sendo vendida na plataforma.
E pra aquecer ainda mais o mercado, o YouTube Shopping começou a operar no Brasil em parceria com Mercado Livre e Shopee. Os creators vão poder marcar produtos em vídeos e receber comissão por vendas. O movimento aproxima o YouTube do social commerce e compete com o TikTok Shop, lançado em maio deste ano.
O que mais aconteceu?
MUNDO
META NEGA QUE OUVE NOSSAS CONVERSAS, MAS VAI USAR DADOS DE INTERAÇÕES COM IA PARA PERSONALIZAR ADS
Na última semana o diretor do Instagram, Adam Mosseri, negou que a empresa ative os microfones secretamente (como todo mundo suspeita), dizendo que “não é preciso ouvir usuários para entregar anúncios certeiros”.
Mas, paralelamente, a Meta confirmou que, a partir de 16 de dezembro, vai usar dados de interações com seus produtos de IA, como o chatbot Meta AI e os óculos Ray-Ban Meta, para personalizar anúncios. A empresa estima que mais de 1 bilhão de pessoas já usam essas ferramentas mensalmente.
O sistema coleta textos, voz, fotos e vídeos processados pela IA, mas exclui dados sensíveis. A medida vale em quase todos os mercados, exceto UE, Reino Unido e Coreia do Sul, que têm regras mais duras.
VIVEMOS UMA ‘BOLHA INDUSTRIAL’ COM IA, MAS ISSO PODE SER BOM, SEGUNDO JEFF BEZOS
Jeff Bezos falou que a inteligência artificial está atravessando uma “bolha industrial”, com valuations inflados e investimentos sem critério, mas destacou que a tecnologia é real e transformará toda a economia. O fundador da Amazon deu essa declaração na última semana, durante a Italian Tech Week, em Turim.
Segundo ele, esse tipo de euforia costuma deixar ganhos duradouros, como ocorreu com o setor de biotecnologia nos anos 1990, que produziu avanços relevantes em medicamentos mesmo após o colapso de várias empresas.
“As [bolhas] industriais não são tão ruins, podem até ser boas, porque quando a poeira baixa e você vê quem são os vencedores, as sociedades se beneficiam dessas invenções. É isso que vai acontecer aqui também. Isso é real, os benefícios da IA para a sociedade serão gigantescos”.
O que mais aconteceu?
APORTES BRASIL
KANASTRA RECEBE R$ 170 MILHÕES EM SÉRIE B. A plataforma de infraestrutura para FIDC Kanastra anunciou captação de R$ 170 milhões em rodada liderada pela F‑Prime (Fidelity) com participação do IFC e dos fundos Kaszek, Itaú, Valor Capital. Os recursos financiarão novos produtos, maior automação do backoffice e expansão da base de clientes
LASTRO CAPTA R$ 85 MILHÕES COM PROSUS PARA ESCALAR IA IMOBILIÁRIA. A proptech Lastro recebeu R$ 85 milhões em Série A liderada pela Prosus, dona do iFood. A startup desenvolveu a assistente virtual Lais, que atende clientes via WhatsApp, reduzindo o tempo de resposta de 6 horas para 15 segundos e elevando a conversão de leads em 60%.
ZIPPI EMITE FIDC DE R$ 80 MILHÕES. A fintech Zippi, que concede capital de giro semanal via Pix para micro e pequenos empreendedores, captou R$ 80 milhões em um novo FIDC com Itaú BBA, Bradesco Asset, Verde Asset e Valora. O fundo passa a ter R$ 160 milhões sob gestão.
CREDALUGA LEVANTA R$ 60 MILHÕES PARA TRIPLICAR REDE. Onze meses após a rodada seed, a fintech de garantia locatícia CredAluga captou R$ 60 milhões em Série A liderada pelo megafundo Provence Partners.
M&As BRASIL
SYONET COMPRA CAMPOS DEALER PARA LIDERAR CRM NO AGRO. A Syonet, especializada em software de CRM e marketing para concessionárias de veículos, adquiriu a Campos Dealer, plataforma de relacionamento para revendas agrícolas. Com a operação, passa a atender 4,2 mil concessionárias e detém mais de 50 % deste mercado, incluindo concessionárias agrícolas como Valtra, John Deere e Massey Ferguson.
NETSPACES COMPRA STUDIO 360 PARA ESCALAR TOKENIZAÇÃO DE IMÓVEIS. A Netspaces, que tokeniza imóveis, realizou sua terceira aquisição ao comprar a gaúcha Studio 360 por mais de R$ 10 milhões em cash e troca de ações. A Studio 360, SaaS para o mercado imobiliário, atende mais de 350 incorporadoras e 25 mil corretores com ferramentas digitais para vendas. A Netspaces, que tinha 15 incorporadoras, passará a 350 na base e mais de 200 pontos de venda.
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