Nvidia vai investir até US$ 100 bilhões na OpenAI + Buffett zera posição na BYD com lucro de quase 4.000%

MUNDO

I) NVIDIA + OPENAI

A Nvidia vai investir até US$ 100 bilhões na OpenAI. A parceria estratégica entre a maior empresa do mundo e a criadora do GPT prevê a construção de ao menos 10 gigawatts em data centers de IA com sistemas da Nvidia, usando os chips da próxima geração Vera Rubin a partir de 2026. O aporte será feito incrementalmente a cada novo gigawatt implantado.

• Para a OpenAI, esse movimento significa diversificar parcerias além da Microsoft e garantir acesso massivo a capacidade computacional, para atender aos seus 700 milhões de usuários semanais.

• Para a Nvidia, essa é uma forma de transformar seu poder de hardware em influência direta sobre o desenvolvimento de modelos de próxima geração.

II) NVIDIA + INTEL

A Nvidia vai investir US$ 5 bilhões na Intel. Pelo acordo, a Intel fabricará CPUs que serão integrados às plataformas de IA da Nvidia para data centers, e também chips para PCs que combinam CPUs da Intel e GPUs da Nvidia. As ações da Intel chegaram a subir 30% depois do anúncio.

• O contexto: a Intel vinha perdendo espaço no mercado de semicondutores e em agosto recebeu um aporte de US$ 8,9 bilhões do governo americano, que ficou com quase 10% da empresa para preservar sua capacidade de manufatura como ativo estratégico.

• Para a Nvidia, é uma forma de unir seus GPUs ao ecossistema x86 da Intel e expandir a presença em PCs. É também um jeito de fazer frente à AMD, concorrente direta que domina justamente a combinação de CPUs e GPUs.

• Do PC à IA: o investimento marca uma inversão histórica de papéis, a Intel já foi a maior fabricante de chips do mundo e hoje esse posto pertence à Nvidia.

A OURA HEALTH, DO ANEL INTELIGENTE, ESTÁ CAPTANDO US$ 875 MILHÕES E DOBROU DE VALOR DESDE DEZEMBRO

A finlandesa Oura Health está levantando US$ 875 milhões em uma Série E que avalia a empresa em US$ 10,9 bilhões, mais que o dobro do valor de dezembro de 2024. O novo aporte será usado para ampliar a produção, lançar produtos e acelerar a expansão internacional.

• O crescimento é puxado pelo hype do Oura Ring, anel inteligente que monitora mais de 50 métricas de saúde e bem-estar para ajudar o usuário a melhorar sua qualidade de vida e cuidar da saúde. A companhia vendeu 5,5 milhões de unidades desde 2013 e metade disso foi só no último ano.

• Com receita de US$ 500 milhões em 2024 e previsão de chegar a US$ 1 bilhão em 2025, a Oura se consolida como principal concorrente da Samsung no seu recém-lançado Galaxy Ring.

BUFFETT ZERA POSIÇÃO NA BYD COM LUCRO DE QUASE 4.000%

A Berkshire Hathaway vendeu toda a sua participação na chinesa BYD, fabricante de veículos elétricos, depois de 17 anos de um investimento iniciado em 2008 por indicação de Charlie Munger. Foram compradas 225 milhões de ações por US$ 230 milhões; em 2022, a posição chegou a valer US$ 9 bilhões. A venda começou em 2022 e foi concluída em março de 2025, garantindo valorização de 3.890%.

• Buffett não explicou as razões, em 2023 ele elogiou a empresa e disse que havia “coisas melhores a fazer com o dinheiro”. O movimento repete a redução de exposição à Taiwan Semiconductor em 2023 por risco geopolítico.

O que mais aconteceu?

• Oracle vai assumir controle do algoritmo do TikTok em acordo para manter app nos EUA

• Irmão de Sam Altman levanta fundo de US$ 275 mi em uma semana

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BRASIL

WePink, FENÔMEDO DO SOCIAL COMMERCE, DEVE FATURAR MAIS DE R$ 1 BILHÃO EM 2025

A WePink, marca nativa digital que começou vendendo cosméticos e skincare em lives nas redes sociais, deve atingir entre R$ 1,2 bi e R$ 1,4 bi em receita em 2025. A empresa foi criada há apenas 4 anos pelas influencers Virgínia Fonseca e Samara Pink.

• O motor do negócio é a base digital da influenciadora Virgínia, com 53 milhões de seguidores no Instagram, e a dinâmica de lives e preços populares, com descontos frequentes de até 70%.

• Case do social commerce: o modelo de vendas massivas em tempo real transformou a marca em um dos maiores cases do social commerce no Brasil: na Black Friday de 2023, faturou R$ 26 milhões em um único dia.

• Expansão: o negócio foi para o presencial e já tem 190 lojas franqueadas no Brasil e diversificação para categorias como homeware e produtos para pets. Também começou uma expansão internacional, em Orlando, de olho na comunidade de brasileiros expatriados e no fluxo turístico.

• Apesar do crescimento, marca já esteve relacionada a polêmicas como reclamações por qualidade e reações adversas aos produtos. A sócia e embaixadora Virgínia também depôs no senado na CPI das Bets.

NOVO iPHONE CUSTA 51 DIAS DE TRABALHO PARA UM BRASILEIRO E 3 PARA UM AMERICANO

Enquanto um brasileiro precisa de mais de 400 horas de trabalho para comprar o novo iPhone 17 da Apple, nos EUA bastam 21 horas e na Suíça apenas 17, segundo levantamento do Statista. O levantamento considerou o valor médio pago por hora de trabalho em cada país, de acordo com a International Labour Organization.

• No Brasil, o iPhone 17 modelo base (256 GB) custa US$ 1.484, equivalente a 409 horas de trabalho ou aproximadamente 51 dias. Na Turquia, o valor sobe para US$ 1.880, exigindo 461 horas.

• Altos impostos de importação, custos logísticos e moedas desvalorizadas elevam o preço final e tornam o aparelho um dos mais caros do mundo por aqui.

• Já em mercados desenvolvidos, a diferença é brutal: com menos de três dias de trabalho, um americano ou suíço consegue levar o mesmo aparelho para casa. E no caso do iPhone 17 Pro Max, o abismo aumenta: são 639 horas no Brasil, contra apenas 31 nos EUA.

O que mais aconteceu?

• Creditas prepara captação de US$ 100 mi e valuation cai para US$ 3,3 bi 

• Startups brasileiras diminuem ritmo de junho e julho e captam US$ 349 mi em agosto

APORTES BRASIL

• Arvo capta R$ 106 mi em Série A liderada por Kaszek e Base10. A healthtech que usa IA para validar pagamentos em saúde levantou R$ 106 milhões, no maior aporte do setor em 2025. Os recursos vão expandir a infraestrutura de processamento de transações, desenvolver novos produtos e ampliar a equipe de ciência de dados.

• Nutrium capta US$ 12 mi para consolidar presença no Brasil. A plataforma de benefícios relacionados à nutrição corporativa levantou US$ 12 milhões em Série A com Vesalius Biocapital, Lince Capital, Indico Partners e Beta Capital. O foco é intensificar a atuação junto a departamentos de RH no Brasil, fortalecer a rede de 350 mil nutricionistas e firmar parcerias com operadoras de saúde.

• Infleet levanta R$ 40 mi para ampliar IA na gestão de frotas. A startup baiana de telemetria recebeu Série A de R$ 40 milhões, liderada por Canary, Indicator e Citrino, com participação da Scale‑Up Endeavor, BluStone e DOMO.VC. Os recursos serão usados para escalar o Copiloto Inteligente, que emprega IA em tempo real para monitorar condutores e analisar dados de custo e manutenção; hoje a plataforma monitora 40 mil veículos e cresce 120% ao ano.

• CUB levanta R$ 30 mi em Série A com Upload e Alexia. A fintech de gestão de recebíveis para imobiliárias e loteadoras captou R$ 30 milhões em rodada liderada por Upload Ventures e Alexia Ventures. A plataforma automatiza cobrança, conciliação, BI e crédito, já processou R$ 600 milhões em 400 projetos e tem 77 mil contratos; o aporte financiará expansão para novas praças, integrações de ERP e crescimento da CUB Capital.

• Layers capta R$ 21 mi e busca expansão via M&As. A edtech que criou o SuperApp da Educação levantou R$ 21 milhões em rodada pré‑Série A liderada pela canadense Constellation Software. O valor permitirá expandir operações no Brasil e na América Latina por meio de aquisições de players regionais; a Layers atende 9 mil instituições e 3,5 milhões de alunos, e projeta receita de R$ 40 mi até 2026.

• RevisaPrev levanta R$ 3,8 mi com Domo VC e Bossa Invest. A legalfintech de benefícios previdenciários usará os R$ 3,8 milhões para lançar um serviço de adiantamento de valores de aposentadoria em parceria com uma instituição financeira, oferecendo crédito a juros mais baixos que os bancos.

• Typcal capta ~R$ 2,2 mi com a belga Biotope. A foodtech que utiliza fermentação de micélio (fungo) para produzir ingredientes proteicos vai usar o capital em P&D, criação de novos produtos e estratégia comercial. A empresa planeja inaugurar fábrica em Curitiba em 2025 e captar uma Série A em 2026.

• Olho do Dono capta R$ 2,2 mi com BR Angels. A agtech capixaba de monitoramento do peso de bovinos via visão computacional levantou R$ 2,2 milhões no batch Agro do BR Angels. A solução permite a pesagem do gado em campo, sem uso de balança e sem transporte dos animais, evitando estresse e custos.

M&As BRASIL

• Sympla compra a Gandaya, tiqueteira da Geração Z. A maior plataforma de venda de ingressos do País adquiriu 100 % da Gandaya, startup de apenas três anos focada na venda de ingressos para festas de público jovem. O valor não foi divulgado, mas a empresa adquirida estima GMV de R$ 150 milhões no próximo ano; a Sympla, com GMV de quase R$ 3 bilhões nos últimos 12 meses, fornecerá capital e tecnologia para acelerar o crescimento.

• Grupo Alun compra StartSe e reforça educação executiva. O grupo que reúne Alura, Fiap e PM3 adquiriu a StartSe em uma operação que combina dinheiro e troca de ações; o valor não foi divulgado, mas a edtech foi avaliada entre R$ 400 mi e R$ 500 mi. A transação permite ao Alun antecipar para 2026 a meta de chegar a R$ 1 bilhão de receita e amplia seu portfólio com cursos e imersões de educação executiva. A StartSe continuará operando de forma independente e a operação aguarda aprovação do Cade.