Prime Video ultrapassa Netflix no BR + Amazon deve passar Magalu em share

BRASIL

AMAZON DEVE ULTRAPASSAR MAGALU, PROJETA UBS

Mercado Livre, Shopee e Amazon devem dominar o e-commerce brasileiro nos próximos anos, deixando o Magazine Luiza para trás, segundo relatório do UBS BB. Hoje a divisão do market share é: Meli tem 40% (R$ 140 bi movimentados), seguido por Shopee (15%), Magalu (13%) e Amazon (11%).

• A análise do banco projeta que a Amazon deve ultrapassar a Magalu. A empresa de Bezos inaugurou o 12º centro de distribuição no Brasil em 2025 e ampliou programa para vendedores parceiros, que pode reduzir custos de entrega em até 89%.

• O setor de e-commerce como um todo deve saltar de R$ 349 bi para R$ 590 bi em GMV (volume bruto de mercadorias) até 2028, puxado por penetração digital (que dobrou desde 2019), serviços financeiros embutidos, melhor logística e novos entrantes como Shein, Temu e TikTok Shop.

• A força do setor aparece também em outro dado: os e-commerces já representam 38% da área total dos galpões no Brasil. Dados da RB Investimentos mostram que, no top 5 de ocupação geral de galpões logísticos, só dá eles: Mercado Livre lidera (2,089 milhões de m² ocupados), Shopee (830 mil m²), Amazon (545 mil m²), Magazine Luiza (511 mil m²) e DHL (360 mil m²).

PROSUS, DONA DO IFOOD, VENDE PARTICIPAÇÃO NA MEITUAN

A Prosus, controladora do iFood, começou a vender sua participação de 4,5% na chinesa Meituan (avaliada em US$ 99 bi). Até agora foram vendidos em torno de 1,5%, restando ~3%. A operação de venda total pode render mais de R$ 22 bilhões à Prosus.

• O movimento ocorre no momento em que a Meituan prepara sua entrada agressiva no país com a marca Keeta, prometendo investir ao menos US$ 1 bi. A chinesa já conversa com possíveis alvos de aquisição, como Rappi e Zig, e pretende iniciar a operação até o fim do ano.

• A Prosus, por sua vez, segue fortalecendo o hub do iFood e anunciou essa semana a compra de 20% da CRM Bonus, empresa de cupons e recompensas. O acordo prevê opção de comprar 100% por R$ 10 bi em até três anos, quadruplicando a avaliação de 2024. Nos últimos meses o iFood ainda anunciou investimento na Shopper e negociações para compra da Alelo, empresa de benefícios.

• Com dinheiro em caixa, a Prosus pode investir ainda mais no mercado brasileiro para se proteger da chegada do novo concorrente do iFood.

• Saindo da Meituan, ela elimina também possíveis conflitos estratégicos entre os dois grupos no mercado brasileiro.

PRIME VIDEO ULTRAPASSA NETFLIX NO BR

Pela primeira vez, o Prime Video aparece à frente da Netflix em participação de mercado no Brasil, com 22% contra 21%, segundo dados do JustWatch para o 2º trimestre de 2025. A análise considera a atividade de mais de 4 milhões de usuários do JustWatch no país e o interesse do público, medido pela plataforma com base em buscas, cliques e títulos marcados como assistidos dentro da plataforma.

• Um dos trunfos da Amazon tem sido o investimento em conteúdo esportivo ao vivo, como jogos da Série A do Brasileirão, Copa do Brasil e parceria com a NBA, que têm impulsionado o engajamento.

PRODUTIVIDADE = FELICIDADE? PARA O BRASILEIRO SIM

Ser produtivo e focado é o sentimento mais associado à felicidade pelos brasileiros, à frente de estar relaxado, inspirado ou até apaixonado, segundo o estudo Adultopia, do Grupo Consumoteca, feito com 1.600 brasileiros de 18 a 65 anos, das classes A, B, C e D, 2025.

• O dado chama atenção pela unanimidade: para todas as gerações, especialmente mulheres Baby Boomers (67%) e homens da Geração X (63%), se sentir produtivo é se sentir feliz.

• Até o lazer precisa ter um “sentido”: 55% dos brasileiros buscam opções de lazer que tragam algum ganho ou aprendizado, segundo o report.

O QUE MAIS ACONTECEU

• Olire, primeira caneta emagrecedora produzida no BR, chega às prateleiras

• Gaus é a única startup brasileira no batch da Y Combinator deste tri

MUNDO

TESLA APOSTA EM ROBÔS, CHIPS PRÓPRIOS E “FICA MUSK”

A Tesla fechou um contrato de US$ 16,5 bilhões com a Samsung para fabricar seus novos chips de IA, chamados AI6. Eles serão usados em direção autônoma, data centers e no robô humanoide da empresa. A Samsung vai montar uma fábrica no Texas dedicada exclusivamente a esse chip. Paralelamente, a Tesla também trabalha com a TSMC, que fabricará os chips AI5 voltados ao sistema de assistência ao motorista.

• Fica Musk! A Tesla também aprovou a concessão de 96 milhões de ações, avaliadas em US$ 30 bilhões, para Musk. Isso aumenta a sua participação de 13% para mais de 20%. A decisão veio depois a justiça americana anular um pacote de remuneração anterior de US$ 56 bilhões, considerado excessivo.
  

• As medidas fazem parte da tentativa da Tesla de virar o jogo após uma queda de receita de US$ 22,5 bilhões no segundo trimestre, a maior em 10 anos. Para reverter a tendência, Musk aposta nos robotáxis. Ele confirmou que a Tesla já obteve aprovação regulatória para operar o serviço em estados como Califórnia, Flórida, Nevada e Arizona, e quer atingir metade da população dos EUA até o fim de 2025.

A ESTREIA DO FIGMA NA BOLSA

O Figma abriu capital em 31 de julho e viu suas ações saltarem de US$ 33 para US$ 125 no primeiro dia, levando seu valor de mercado a mais de US$ 60 bilhões e superando nomes como General Motors. No segundo dia, as ações chegaram a US$ 143, antes de caírem 27,4% no terceiro dia. Mesmo assim, o papel ainda acumula valorização de 168% em relação ao IPO.

• Por que o Figma interessa? 78% das empresas da Forbes 2000 usam a solução, que viu sua receita crescer 48% no último ano. Seu software permite que times inteiros desenhem, prototipem e validem interfaces de forma colaborativa, em tempo real e direto do navegador. O negócio opera com uma margem bruta de lucro de 91%.
  

• A empresa já havia ganhado os holofotes em 2022, quando a Adobe tentou comprá-la por US$ 20 bilhões. O acordo foi barrado por reguladores, e hoje a Figma vale bem mais que isso.

O QUE MAIS ACONTECEU

• Market cap da Microsoft chega a US$ 4 trilhões depois de bons resultados

• Anthropic, rival da OpenAI, é avaliada em US$ 170 bilhões

• Ray Dalio vende sua última fatia na Bridgewater e deixa o conselho

• SAP anuncia acordo para compra da SmartRecruiters

APORTES, M&As E PARCERIAS BRASIL

• QI Tech recebeu US$ 63 milhões em extensão da Série B. A empresa de infraestrutura financeira levantou recursos de General Atlantic e Across Capital para avançar em aquisições e novos produtos.

• Juvo levantou R$ 205 milhões em equity e FIDC. A fintech de crédito pessoal que usa celular como garantia captou cerca de R$ 140 milhões via seu terceiro FIDC e o restante em equity. A empresa já emprestou R$ 1,6 bi a 20 milhões de brasileiros.

• Neurogram levantou US$ 3 milhões em rodada seed. A healthtech que automatiza exames neurológicos recebeu aporte liderado pela Headline. A startup já havia captado US$ 1,4 milhões no pré‑seed e pretende chegar a 100 mil exames processados em 2025.

• HRtech Yapp anuncia rodada de R$ 6 milhões. A empresa trabalha na automação inteligente de etapas do recrutamento e a captação veio de investidores-anjo.

• Flapper concluiu rodada de R$ 5,8 milhões via crowdfunding. A startup de aviação executiva superou a meta de R$ 4,8 milhões com 409 investidores. O dinheiro financiará expansão da operação própria de táxi‑aéreo e um modelo de compartilhamento de jatos.

• Leggal levantou R$ 1,7 milhões para “cuidado jurídico” como benefício. A legaltech, que combina IA e atendimento humano para oferecer suporte jurídico como benefício corporativo, teve a rodada seed liderada pela DOMOVC.

• Prospera adquiriu a SoulPrime por R$ 10 milhões. A empresa de fidelidade em energia renovável integrou a SoulPrime para criar uma rede social que permite acumular “pontos ECOA” e abater contas de luz.

• BRQ comprou a weme para reforçar design em produtos digitais. A empresa adquiriu a consultoria de design e inovação weme (valor não divulgado). O movimento reforça a posição da BRQ como uma das maiores provedoras de serviços enterprise em transformação digital.

• Olist comprou a fintech Flip para entrar em crédito. A plataforma para varejo digital de PMEs adquiriu a fintech de antecipação de recebíveis e também captou um FIDC de R$ 90 milhões para o lançamento da nova solução de crédito.

• Conta Azul foi comprada pela Visma por cerca de US$ 300 M. A norueguesa Visma adquiriu a plataforma catarinense de gestão financeira. Fundadores e investidores como Monashees, Ribbit e BTG Pactual deixaram a operação. A Vismo tem planos de fazer um IPO no próximo ano.

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