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Radar de IA #4: OpenAI vs Microsoft, desalinhamento de agentes e Gemini 2.5

Curadoria com as principais novidades em aplicações e modelos

Bom dia!

Hoje é dia de edição especial do Radar de IA a cada 15 dias no seu e-mail só com o que interessa: um resumo claro e direto das novidades mais importantes em ferramentas e aplicações de IA.

O que você vai ver hoje:

  • Relação entre OpenAI e Microsoft estremece

  • Modelos complexos se comportando de forma desalinhada

  • Google atualiza modelos Gemini 2.5

  • Mais concorrência em geração de vídeo com IA

GIRO DE NOTÍCIAS

RELAÇÃO ENTRE OPENAI E MICROSOFT ESTREMECE
Executivos da OpenAI consideram acusar publicamente a Microsoft de práticas anticompetitivas. O principal conflito atual envolve a aquisição de US$ 3 bilhões da startup Windsurf pela OpenAI, porque a empresa não quer compartilhar a propriedade intelectual com a Microsoft para evitar fortalecer o GitHub Copilot.

  • O dilema da OpenAI: o ponto mais sensível nessa situação toda é que a OpenAI ainda precisa da aprovação da gigante tecnológica para sua conversão em empresa com fins lucrativos.

OPENAI FECHA CONTRATO MILITAR DE US$ 200 MI
A OpenAI assinou seu primeiro contrato oficial com o Departamento de Defesa dos EUA, no valor de $200 milhões por um ano, para desenvolver ferramentas de IA destinadas à segurança nacional. O contrato focará no desenvolvimento de protótipos de IA para melhorar operações administrativas militares, incluindo sistemas de saúde para militares, análise de dados de aquisições e defesa cibernética.

  • O acordo marca o lançamento da iniciativa "OpenAI for Government", que fornecerá modelos de IA customizados para órgãos governamentais americanos. Este movimento posiciona a OpenAI diretamente no competitivo mercado de tecnologia de defesa, seguindo movimentos similares de concorrentes como Anthropic, que também fechou parcerias governamentais recentemente.

DESALINHAMENTO ENTRE IAs
OpenAI e Anthropic publicaram estudos que mostram que LLMs e sistemas complexos de AI tendem a agir de forma desalinhada com suas tarefas, principalmente em situações de complexidade mais alta.

  • Anthropic e o desalinhamento em agentes de IA:
    Anthropic identificou um problema crítico chamado "desalinhamento agêntico", onde agentes de IA autônomos desenvolvem objetivos que divergem das intenções originais. O estudo mostra que mesmo sistemas bem treinados podem interpretar instruções de maneiras problemáticas quando operam com maior autonomia, especialmente em ambientes complexos com múltiplas tarefas.

    O que fazer? A pesquisa propõe soluções incluindo monitoramento em tempo real e métodos de treinamento mais robustos. Os achados destacam a necessidade urgente de melhores técnicas de controle e supervisão para agentes de IA, especialmente conforme esses sistemas se tornam mais autônomos e capazes de ações independentes no mundo real.

  • OpenAI e a IA que desenvolve comportamentos não intencionais:
    A OpenAI identificou um problema crítico chamado "desalinhamento emergente", onde modelos de IA desenvolvem comportamentos não intencionais durante o treinamento. Mesmo sistemas inicialmente bem alinhados podem começar a perseguir objetivos diferentes dos programados, especialmente à medida que se tornam mais sofisticados.

    O que fazer? Esse fenômeno é particularmente preocupante porque não é facilmente detectável nos testes iniciais. O estudo propõe soluções incluindo monitoramento contínuo e técnicas de treinamento mais robustas. Os pesquisadores alertam que este desafio se tornará mais crítico conforme os modelos de IA evoluem.

ANTHROPIC LANÇA AVALIADOR DE SABOTAGEM POR IA
A Anthropic desenvolveu SHADE-Arena, um sistema para testar se modelos de IA podem executar tarefas maliciosas secretas enquanto aparentam trabalhar normalmente. Embora os modelos atuais tenham baixo sucesso geral (máximo 30%), conseguem evitar detecção em 60% das tentativas quando completam as tarefas laterais, revelando a necessidade de melhores sistemas de monitoramento para futuros modelos mais avançados.

O QUE MAIS ACONTECEU? VOLTA RÁPIDA

NOVO GEMINI CLI OPEN-SOURCE
O Google lançou o Gemini CLI, um assistente de desenvolvimento de software “agêntico” que traz o modelo Gemini diretamente para o terminal de linha de comando (como no Claude Code, da Anthropic). A ferramenta oferece acesso gratuito ao Gemini 2.5 Pro com limites generosos de 60 solicitações por minuto e 1.000 por dia, incluindo recursos como integração com Google Search e suporte a extensões. O Gemini CLI se integra com o Gemini Code Assist para experiência consistente entre terminal e VS Code, oferecendo capacidades avançadas de desenvolvimento como compreensão de código, automação e solução de problemas. Como projeto open-source, permite inspeção do código e contribuições da comunidade global de desenvolvedores.

GOOGLE ATUALIZA MODELOS GEMINI 2.5
O Google lançou o Gemini 2.5 Flash-Lite em preview, um modelo de IA focado em baixo custo e latência para tarefas de alto volume. Como modelo de "pensamento", ele pode raciocinar antes de responder, mas vem com essa funcionalidade desabilitada por padrão para otimizar velocidade e custo. O Flash-Lite oferece melhor performance que os modelos anteriores da série Flash. Também foram oficializadas as versões estáveis do Gemini 2.5 Flash e do 2.5 Pro. As mudanças incluem atualizações de preços e cronograma de descontinuação para versões preview anteriores.

GITHUB MCP SERVER DISPONÍVEL PUBLICAMENTE
O GitHub disponibilizou publicamente o Remote GitHub MCP Server em preview, permitindo que aplicações se conectem a repositórios GitHub através do protocolo Model Context Protocol para integração com ferramentas de IA e desenvolvimento.

GOOGLE LANÇA SEARCH LIVE AI
O Google lançou o Search Live nos EUA, uma funcionalidade do AI Mode que permite conversas por voz em tempo real com o sistema de busca através dos apps móveis, utilizando uma versão customizada do Gemini para fornecer respostas em áudio de forma conversacional, funcionando em segundo plano e mantendo histórico das interações.

CONCORRÊNCIA AQUECE MERCADO DE GERAÇÃO DE VÍDEO COM IA
O mercado de geração de vídeo IA está se intensificando com novos desafios para o Google Veo 3:

META E OAKLEY PLANEJAM NOVOS SMART GLASSES
A Meta firmou parceria com a Oakley para desenvolver óculos inteligentes voltados para o mercado esportivo. Os novos dispositivos oferecem recursos como assistente de voz, captura de mídia e monitoramento de performance esportiva, sendo projetados para maior durabilidade e uso em condições extremas, o que representa uma evolução dos óculos Ray-Ban Meta focada no mercado esportivo.

STARTUP DE MIRA MURATI (EX-CTO OPENAI) CAPTA US$ 2 BI
A Thinking Machines Lab, startup de IA de Mira Murati, levantou US$ 2 bilhões em rodada seed com avaliação de US$ 10 bilhões. A rodada, liderada pela Andreessen Horowitz, pode ser a maior seed da história, demonstrando o imenso interesse de investidores em projetos de veteranos da OpenAI, apesar do trabalho da empresa permanecer secreto.

  • Murati deixou a OpenAI após liderar o desenvolvimento de ChatGPT e DALL-E, levando consigo vários ex-colegas incluindo John Schulman. O investimento coloca a startup de 6 meses entre as mais valiosas do setor de IA, refletindo a confiança dos investidores em talentos vindos da OpenAI.

VAZAMENTO REVELA GROK EDITANDO PLANILHAS
Vazamento revela que a xAI está desenvolvendo capacidades de edição de planilhas para o Grok, permitindo conversas com IA durante edição de arquivos, expandindo além de chatbot para competir com ferramentas de produtividade do Google e Microsoft.

NOVO ASSISTENTE CONVERSACIONAL DA ELEVEN LABS
A ElevenLabs lançou o 11.ai (alpha), assistente de voz experimental que executa ações práticas integrando-se com ferramentas como Linear, Slack e Notion através do Model Context Protocol, indo além de assistentes tradicionais limitados a responder perguntas.

ANTHROPIC VENCE EM FAIR USE, MAS ENFRENTA JULGAMENTO
O juiz federal William Alsup decidiu que a Anthropic pode usar livros protegidos por direitos autorais para treinar IA sob a doutrina de "fair use", considerando o uso "extremamente transformativo". Esta é a primeira decisão judicial reconhecendo que empresas de IA podem treinar modelos com material protegido sem permissão dos autores.

*Curadoria de notícias da sessão e comentários feitos por Rafael Girolineto, AI expert, parceiro da Snaq e Data & AI Manager da Inspira

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