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Warner deve rejeitar proposta da Paramount + Raio-X do investidor em ativos digitais

E mais: Disney faz acordo com OpenAI

Bom dia!

Vem ler o que está acontecendo de mais relevante em tech e inovação, hoje em parceria com o Mercado Bitcoin, plataforma de ativos digitais líder na América Latina.

O que você vai ver hoje:

  • Setor financeiro é o que mais paga impostos no Brasil

  • Raio-X do investidor em ativos digitais do MB

  • SpaceX quer fazer IPO em 2026

  • Warner deve rejeitar oferta da Paramount e ficar com Netflix

BRASIL

SETOR FINANCEIRO É O QUE MAIS PAGA IMPOSTOS NO BRASIL

O setor financeiro é o maior pagador de impostos federais do Brasil desde pelo menos 2011, segundo estudo da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (Fin).

➝ Entre 2016 e 2021, o setor pagou cerca de 10 pontos percentuais a mais em impostos do que o seu peso na economia justificaria.

➝ Hoje, o setor financeiro representa 4,8% do PIB brasileiro, o equivalente a R$ 483,6 bilhões em valor adicionado, e está entre os cinco maiores setores do país.

➝ O Brasil tem uma carga tributária mais alta do que a de cerca de 75% dos países, em patamar semelhante ao de economias desenvolvidas, segundo a Fin.

O dado veio em meio à discussão recente entre bancos e fintechs sobre quem paga mais impostos. David Velez, CEO do Nu, afirmou que a fintech é a maior pagadora de impostos do país.

+DE METADE DOS INVESTIMENTOS LATAM VÃO PARA IA

Em novembro, startups com inteligência artificial no centro do negócio captaram US$ 141 milhões na América Latina, o equivalente a 54% de todo o capital investido no mês, segundo dados do Sling Hub.

  • No total, o mercado somou US$ 261 milhões em 38 rodadas, um dos volumes mais baixos do ano. O investimento total caiu 84% em relação a outubro e 47% ano a ano.

  • Das 18 rodadas em IA, 11 foram para startups AI-Enabled, que usam IA para ganhar eficiência, e 7 para AI-First, negócios que dependem estruturalmente da tecnologia. As AI-Enabled concentraram 82% do capital destinado à IA.

  • O Brasil liderou com folga, respondendo por 81% do capital investido (US$ 212 milhões) e 19 das 38 rodadas.

  • A maior operação do mês foi um FIDC de US$ 87,4 milhões da Credix, seguida pela Série B de US$ 46,5 milhões da MotoristaPX, ambas brasileiras.

O que mais aconteceu?

DADOS DA SEMANA

RAIO-X DO INVESTIDOR EM ATIVOS DIGITAIS
conteúdo by Mercado Bitcoin

O MB Mercado Bitcoin acaba de lançar a primeira edição do Raio-X do Investidor em Ativos Digitais, com dados de 2025 da plataforma do MB, trazendo um retrato atualizado de quem está investindo, em quais produtos e como esse comportamento vem mudando ao longo do tempo.

Separamos os principais insights:

  • O número de investidores em ativos digitais cresceu 10% de 2024 para 2025, mostrando que o mercado segue evoluindo no Brasil, ainda que com mudanças claras no perfil de quem entra.

  • O crescimento veio sobretudo das gerações mais jovens: a faixa de até 24 anos teve aumento de 56%. Nas faixas de 25 a 44 anos, o avanço foi mais contido, e o público 65+ ficou estável.

  • Em 2025, o principal movimento foi a maior procura por stablecoins, com destaque para o dólar digital, que passou a concentrar boa parte das novas entradas no mercado.

  • Ainda assim, o Bitcoin continua no centro do jogo: o número de clientes comprando BTC cresceu 14% ao longo do ano.

  • O comportamento do investidor também evoluiu: cresceu 18% o número de pessoas investindo em mais de um ativo, sinalizando uma lógica mais clara de diversificação.

  • A renda segue influenciando as escolhas: faixas intermediárias tendem a alocar mais em stablecoins, enquanto rendas mais baixas mantêm maior exposição a criptos voláteis, buscando retornos maiores.

  • O ranking dos ativos mais negociados mudou em 2025, com a entrada de LINK, TRUMP e VIRTUA, enquanto alguns tokens meme perderam espaço, sugerindo um mercado um pouco mais atento a novos projetos e infraestrutura.

  • A maior parte das operações acontece no início e no fim da semana, com segunda e sexta-feira concentrando mais investidores ativos.

  • No recorte regional, SP, RJ e PR foram os estados com maior volume movimentado em ativos digitais.

Os dados são relativos à compra e venda de ativos digitais na plataforma do MB no Brasil e foram consolidados até o dia 01/12/2025.

MUNDO

WARNER DEVE RECUSAR PROPOSTA DA PARAMOUNT

A Warner Bros. Discovery tende a rejeitar a oferta hostil da Paramount de mais de US$ 108 bilhões, incluindo dívidas, por considerar o acordo já fechado com a Netflix mais seguro, previsível e vantajoso.

  • O principal entrave está no financiamento da proposta da Paramount, sustentado por um trust ligado à família Ellison que pode ser revogado, além de preocupações com a gestão da empresa durante um longo processo regulatório.

  • A Warner avalia que a Paramount não oferece flexibilidade suficiente para refinanciamento de dívidas nem garantias operacionais durante a transação. Já o acordo com a Netflix, de cerca de US$ 83 bilhões, é visto como mais sólido, apesar de menor em valor nominal.

  • A Paramount sinalizou que sua proposta não é final e pode ser elevada. Pelo contrato atual, a Warner pode analisar ofertas concorrentes, mas deve dar à Netflix o direito de igualar qualquer proposta superior.

DISNEY FAZ ACORDO COM OPENAI

A Disney surpreendeu Hollywood ao investir US$ 1 bilhão na OpenAI e licenciar 200 personagens do seu portfólio para uso no Sora, app social de vídeos com IA da empresa. Para Bob Iger, CEO da Disney, o acordo garante algo central para o estúdio: controle e proteção da propriedade intelectual em um momento de tensão da indústria com o uso de IA.

  • Big picture: o acordo segue um padrão histórico da Disney. Em vez de resistir a novas tecnologias, a empresa prefere se associar cedo aos vencedores. Foi assim nos anos 2000 com a Apple e o iTunes, e agora com a OpenAI, num momento em que a IA começa a redefinir criação, distribuição e monetização de conteúdo.

SPACEX QUER FAZER IPO EM 2026

Segundo informações compartilhadas com investidores, a SpaceX avalia abrir capital em 2026. O movimento vem após uma oferta secundária que precificou a empresa em cerca de US$ 800 bilhões, com ações a US$ 421 - quase o dobro do valor registrado em julho.

  • Se avançar, o IPO pode levantar mais de US$ 30 bilhões, superando o recorde da Saudi Aramco em 2019.

  • Internamente, a ambição é uma avaliação de longo prazo próxima de US$ 1,5 trilhão. Hoje, a SpaceX já é a empresa privada mais valiosa do mundo, à frente da OpenAI.

  • O valuation se apoia na liderança em lançamentos com o Falcon 9, na escala global do Starlink, e em apostas de longo prazo como o Starship, infraestrutura de IA no espaço e planos de presença na Lua.

  • Em 2025, a SpaceX respondeu por cerca de 87% de todos os lançamentos orbitais dos EUA, consolidando um domínio que, ao longo da última década, superou gigantes tradicionais como Boeing, Lockheed Martin e Northrop Grumman.

  • Parte do IPO seria destinado a construir data centers no espaço para atender à demanda de IA usando energia solar.

O que mais aconteceu?

APORTES BRASIL
  • Eve Air Mobility (eVTOL): a empresa de mobilidade aérea da Embraer assegurou R$ 200 milhões em financiamento do BNDES, sendo R$ 160 milhões oriundos do Fundo Clima e R$ 40 milhões captados em moeda estrangeira. Os recursos têm prazo de até 15 anos e serão usados para integrar a propulsão elétrica da aeronave e concluir os testes de certificação.

  • Eveo (data centers): a XP Asset investirá até R$ 100 milhões na Eveo por meio do fundo Infra V, primeira captação externa da empresa. O acordo prevê aporte inicial de R$ 50 milhões e até dois tranches adicionais de R$ 25 milhões, dando à XP cerca de 31,85% de participação.

  • Crown (cripto): após lançar a stablecoin BRLV lastreada em títulos públicos, a fintech Crown levantou US$ 13,5 milhões (Série A) do fundo Paradigm, o primeiro investimento da gestora no Brasil. A rodada avaliou a empresa em cerca de US$ 90 milhões.

  • Caveo (contabilidade para médicos): a startup que oferece software contábil e conta PJ para médicos arrecadou R$ 34 milhões em extensão da Série A, liderada pela Zenda com participação do family office Enseada e investidores como ONEVC, Norte Ventures e Endeavor Brasil. A Caveo atende mais de 20 mil médicos, com ARR projetado de R$ 50 milhões.

  • Klubi (consórcio 2.0): a fintech de consórcios Klubi obteve R$ 32 milhões na extensão de sua Série A, com investidores Patria Investimentos, L4 Venture Builder (B3) e Cyrela Ventures. Ao todo, a rodada soma R$ 77 milhões. A startup opera uma carteira de R$ 2 bilhões com receita anualizada de R$ 180 milhões.

  • FlyMedia (influenciadores de IA): Victor Trindade, cofundador da NG.Cash, estreou a FlyMedia com um aporte de R$ 20 milhões liderado pela OneVC. A startup cria e opera influenciadores digitais baseados em inteligência artificial e contou com a participação de Big Bets, Alter Global, A16z Scout Fund, Norte, Hypersphere, Verve e FJ Labs.

  • Morada.ai (proptech): a plataforma de inteligência artificial para venda de imóveis captou R$ 17 milhões em rodada liderada pela Parceiro Ventures. O capital reforçará as soluções de IA generativa, APIs financeiras e automações que atendem quase 200 incorporadoras em 17 estados.

  • Gedanken (gestão de risco B2B): a startup de onboarding e gestão de risco de fornecedores recebeu R$ 12 milhões da Citrino Ventures (veículo ligado à TOTVS), com follow‑on da Abseed e participação da Caravela Capital. O investimento será usado para embarcar IA no produto, reforçar equipe e ampliar a operação.

  • FlowCredi (home equity): a fintech de home equity levantou R$ 3,5 milhões em rodada pré‑seed liderada por Verve Capital e Norte Ventures. A empresa foi criada por ex-fundadores da Credihome e planeja aproveitar o crescimento do mercado de home equity, que pode atingir R$ 500 bilhões nos próximos anos.

M&As BRASIL
  • Senior Sistemas → CIGAM Software: a Senior Sistemas pagou R$ 162,5 milhões para adquirir 100% da CIGAM, incorporando ao seu portfólio um ERP voltado a médias empresas de indústria, varejo e serviços. A operação elevou a base conjunta para 14,5 mil clientes e cerca de 3,6 mil colaboradores.

  • Nava → GH Brandtech: após receber aporte da Crescera em 2024, a consultoria de transformação digital Nava iniciou sua estratégia de aquisições comprando a martech GH Brandtech, cuja atuação em branding, growth e produtos digitais complementa a oferta de dados, apps e cloud da Nava. A transação é a primeira de uma série prevista para 2026.

  • Árvore ↔ SuperAutor: a edtech Árvore concluiu uma fusão com a plataforma de projetos de escrita SuperAutor para acelerar a internacionalização. Juntas, as empresas atendem mais de 11 mil escolas, com um ecossistema de 4 milhões de alunos, e a nova companhia terá operação própria nos Estados Unidos, com parcerias confirmadas com mais de 150 escolas americanas a partir de 2026.

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